Superstição ou maldição?

Primeiro queria dizer que a secretaria funcionou de forma exemplar esse final de semana disponibilizando os rankings no final da prova de sábado e para a premiação domingo.

Segundo, pra começar a história, nunca fui supersticioso. Nunca acreditei que algo inanimado pudesse influenciar pro bem ou pro mal uma ação que só depende de mim ser boa ou ruim.

O problema é que notei que em todos os meus pódios desse brasileiro, até antes de Itú, foram conquistados com uma roupa específica. É uma bermuda bem velha, jeans azul escuro que já está bem clarinha.

Sempre com camisas pretas, também velhas e o mesmo tênis.

Ao catar essa bermuda no ármario pra viagem vi que estava rasgada no meio das pernas. Ah, não tive dúvidas. Pedi, mandei, implorei, PELOAMORDEDEUS, que costurasse a coitada. Nela estavam depositadas todas as minhas fichas.

Sábado lá estava eu com a enfadonha da bermuda e no pódio. Em quarto! No final da prova, enquando tomavamos um café e conversavamos com a Camila e a Ana (Campinas), sobre cachorros é claro, comentei que teria que estar amanhã com essa bermuda e camisa. Camila disse: "passa um desodorante nela...".

Sorte minha, ou azar, tinha outra camisa igual a de sábado para usar domingo. Um preto já cinza desbotado, que combina com meu visual mendigo agilitista, graças aos buracos que ela exibe nos sovacos e mais pra baixo. São roupas de treino. Nâo vou me aventurar com minhas parcas roupas boas no meio dos cachorros.

E lá fui eu domingo.

De roupa velha conquistei mais um pódio, quinto em sete etapas, essa história vocês já sabem. No entanto pesquisando melhor vi que em Descalvado, terceira etapa, estava apenas com a camisa preta, a bermuda era outra, também velha, óbvio.