3 de abril de 2011

status de estar ou prazer de ser

Sábado foi o dia com o maior número de duplas em pista nas finais do XIIBR, Itú. Talvez até os 126 duos da 9ª etapa tenham sido a maior presença desse campeonato. Algo que ainda preciso verificar. Graus 0 e 1 são pouco menos de 40% do total, sobrando para os 2 e 3 mais de 60. Pra ser um pouco mais exato 39 contra 61.

E o grande peso nessa balança, nessa prova, é o grau 2.

Me impressionou o número de minis, ao contrário do 1 onde apenas 2 estiveram competindo, haviam 11! Quem sabe estejamos rumando para um grau 2 mais interessante em termos de disputa que o grau 3.

Com pistas mais abertas, uma maior variedade de raças, condutores e cães nivelados é menos previsível, mais divertido e menos elitista o G2. E não vejam essa última palavra de forma negativa. Usei pra definir o que há de melhor.

No grau 3 é meio que consenso quem vai ganhar e muitos estão lá equilibrando-se entre o status de estar e o prazer de ser. Óbvio que o grau 3 é mais técnico e pra maioria dos que estão no 2 é meta, inclusive pra mim, no entanto parece que isso está mudando e que daqui a pouco vai valer tanto ser o campeão do Mini G2 quanto do Standard G3, e que aquilo que aparenta ser um depósito será a finalidade.

Pelo menos deveria.

09 G0MINI/MIDI
13 G0STD
22 INICIANTES

02 G1MINI
04 G1MIDI
22 G1STD
28 GRAU1

11 G2MINI
07 G2MIDI
27 G2STD
45 GRAU2

08 G3MINI
08 G3MIDI
15 G3STD
31 GRAU3

4 comentários:

  1. Grau 3 é complicado. Aqui no Rio é legal, sou A Grau 3 Mini, junto com o Jorge. Só tem nóis dois e o Robson com o Rambo que não tem aparecido muito. Aqui, sou "A". E entro em pista muito mais calma, e pistas muitas vezes mais complicadas que algumas que encarei em Itú e eliminei.

    Em SP, competi no Grau 3 pela primeira vez em Itú. Lá, não fui "A", fui "UMA". Existe já "A" dupla G3 lá, mas enfim. Entrei bem mais nervosa, com uma cobrança maldita que me rendeu 3 eliminações de 3 pistas.

    A diferença não é técnica, não é cachorro. É se o condutor é O ou UM, e a diferença de status espiritual que isso gera.

    Ser mais UM no G3 é controverso demais. Diria que um grande dilema entre o prazer e o carma. Não nego, adoro pensar que consegui, muito a trancos e barrancos é verdade, chegar ao Grau 3, coisa que muita gente nunca conseguiu. Mas é um carma...

    Entrei domingo com o microfone anunciando as duplas mais experientes do Brasil. Fui a primeira do G3 a entrar em pista. Foi um misto de satisfação com uma vontade debochante de rir do anúncio feito. A satisfação inerente ao prazer de ser, e o deboche do descrédito em si mesmo por estar ali e ser rotulado como uma das duplas mais experientes do Brasil.

    Eu me julgo ultra atrapalhadora de cachorro, super inconstante, instável, descontrolada, distraída, desfocada. E no entanto fui rotulada assim na prova. É, sem dúvida, um dilema entre o prazer e o carma de ser.

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  2. E exatamente por me julgar atrapalhada, inconstante, descontrolada e desfocada, foi um choque entra em pista anunciada daquele jeito.

    Foi um choque de realidade, sabe, tipo "Caraca, sou G3". Tenho fortes tendências a me desmerecer... Será que estou lá por sorte, por acaso, por capacidade, por um mix de tudo isso? Ser G3 é ser "phosda" ou é "mais-que-a-obrigação"?

    Que mérito eu tenho nisso? O que vale mais? Ser UM no G3, ou ser O no G2? Ser o pior dos melhores ou o melhores dos piores?

    E sei que tive esse sentimento em Itù também. Achei o G2 Mini e Midi bem mais legal que os G3. Bastante gente, bastante raça diferente, e duplas com muito potencial disputando sabe. Olha só que maneiro que é Pypo x Tabacco x Nitro, e Petraki x Paco x Caco x Pierre?

    Nunca se sabe realmente quem vai ganhar, ao contrário da predestinação do G3. Penso muito em voltar ao G2 com o Zah. Mas e quem disse que a vaidade deixa abrir mão do prazer de ser?

    Nossa, acho que sou capaz de ficar horas divagando sobre isso!!!

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  3. Olha Maria, assim que li o título desse post me lembrei de um momento da minha vida com o Elvis quando passamos pro grau 3. Depois de 1 ano e pouco no grau 1, mais 1 ano e pouco no grau 2, finalmente a chagada do grau 3. A primeira reação foi só curtir, sem pretensão, sem nada. Só entrar e ouvir o nome, reconhecer e fazer uma pista grau 3. Mas depois, uma inesquecível conversa com o Eugênio me colocou na real. Ele me questionou sobre o que eu estava fazendo. "Você está sem objetivo", disse ele. "Se é pra continuar assim, melhor pedir rebaixamento".

    Estava sendo medíocre, sem objetivo, sem meta.

    Depois disso, passei a criar propósitos.

    Terminar as pistas, menos faltas e por aí vai. E às vezes, contando com o erros dos Grandes, acabo beliscando um pódio, porque sei que de igual pra igual não dá pra competir. E assim, acabo esse brasileiro na minha melhor colocação em todo o meu tempo de grau 3. E tô feliz!!!

    Você tem que pensar o que te deixa feliz e ir em frente!

    Aff, coments gigante kkkk

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  4. Engraçado que eu queria falar sobre o grau 2 e não sobre os grau 3. Mesmo assim obrigado pelos comentários.

    É contraditório porque ao mesmo tempo que você quer o status de ser grau 3 e estar entre os melhores, algo egocêntrico. Dependendo do caso abdica de pódios e medalhas, algo autruísta, de certa forma.

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