4 de outubro de 2010

Voltando a realidade

Nos últimos quatro anos eu sempre me perguntei o que fazer depois que o mundial acaba. Desde 2007 nessa onda de cobertura posso dizer que a cada ano entendo melhor como funciona esse mecanismo.

Como agilitistas estamos tão perto desse pessoal que vai pro outro lado da terra (dramático não?) defender nossa pátria que não há diferença aparente entre ninguém. Esses dias estava eu ao lado do Zé no pódio do grau 2. Ele em 2º e eu em 4º, agora pouco ele estava lá na tela do computador competindo contra os melhores do mundo, elite da qual ele faz parte há mais de uma década.

Essa distância ligada a uma falsa impressão de que precisamos sempre vencer faz com que cultivemos uma aguda forma de criticar, o que de alguma forma até deve ser feito, mas não vejo como sem magoar pessoas tão próximas.

Temos no esporte um escape dos problemas cotidianos. É tanta merda que vemos, dia após dia, que quando nosso país pode estar entre os melhores ficar além da 1ª posição é ruim. Basta ver o exemplo do Brasil em 1998, Copa do Mundo, fomos os melhores depois do Campeão, mas foi muito ruim, pelo menos pra mim.

Na Fórmula 1 temos um piloto que está há quase 20 anos entre os melhores, de forma competitiva, não é hoje o melhor, mas é um dos 10 mais capacitados. Em nosso país, porque nunca ganhou um título na F1, Rubens Barrichello, é ridicularizado.

Dois exemplos incompatíveis com a envergadura minima do agility mundial. Os ginásios do Mundial são cada vez menores e nunca vi, nem em fotos ou em vídeos, as arquibancadas lotadas. Não há comparação em termos de publico alvo, mas há em nosso comportamento.

A resposta para a pergunta? Bom, tirar umas horas de folga, três dias sem dormir direito acaba com qualquer um.

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